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Trigo, reduzindo as perdas por giberela

A doença giberela, causada pelo fungo Gibberella zeae (Fusarium graminearum), é o principal problema que afeta as espigas de lavouras de trigo, cevada e triticale no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e região centro-sul do Paraná. Nestas regiões o ambiente exerce influência direta sobre a doença onde períodos frequentes de alta umidade do ar com precipitação pluvial em dias consecutivos e temperatura de 24-30 ºC, potencializam a ocorrência de epidemia. Uma das principais dificuldades de técnicos e produtores é a correta identificação da giberela nas espigas. De forma geral, em condições climáticas muito favoráveis, o fungo produz estruturas que formam uma massa de coloração alaranjada (salmão), facilmente visualizada a olho nu em algumas espigas afetadas, em decorrência da produção de macroconídios de F. graminearum. Mas alguns sintomas diferem de uma cultura para outra: Giberela em trigo – Os primeiros sintomas são identificados pelas aristas de espiguetas infectadas pelo patógeno que se desviam do sentido das aristas de espiguetas não infectadas e, posteriormente, aristas e espiguetas adquirem coloração esbranquiçada ou cor de palha. Em espigas de genótipos múticos, ou seja, sem aristas, ou apenas aristas apicais, a giberela é caracterizada apenas pela descoloração de espiguetas. Em lavouras no final de maturação torna-se difícil estimar a intensidade de ocorrência da doença uma vez que a parte afetada e a não afetada das espigas apresentam, ambas, a cor palha. Em genótipos muito suscetíveis, o pedúnculo com sintomas torna-se marrom. Sob condições ambientais favoráveis, a giberela pode ocorrer na cultura de trigo a partir do espigamento, antes do florescimento, até a fase final de enchimento de grãos. Infecções precoces não permitem a formação...